sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Triste
















Como é triste viver sob a desconfiança
Ver desregulada a balança
Das relações e alianças.

É triste não ter respeitada sua essência,
Ser acusado sem procedência
Tendo limpa a consciência.

É triste ter que apressar os passos,
Ver dilacerados seus espaços
E perder o desejo por abraços.

É triste ser um estranho no ninho,
Sentir-se sempre sozinho
Ver afrouxarem-se os laços.

É triste perceber surgirem abismos
Criados pelos fascismos,
Pelas idéias muito fortes: os idealismos.

São tristes os resultados dos preconceitos,
Fazer parte do grupo dos que não são aceitos
Testemunhar a desvalorização dos sujeitos.

São tristes os que não podem sentir-se seguros
Isolados por todos aqueles muros
Construídos por motivos obscuros.

É triste padecer na solidão,
Ser olhado com aversão.
Não poder ter opinião.

É triste ver a covardia
Gerada pela hipocrisia,
Depreciar no dia-a-dia toda a alegria.

É triste o confronto de crenças
As extremas violências
Que em nome da decência
Degrada a inocência.

6 comentários:

Nailton Andrade disse...

Nossa esse poema e lindo vc ta de parabéns adorei o poema maravilhoso tocante e verdadeiro.

Unknown disse...

Ameeeeeeeeeeei!
O autor do poema é um gênio *-*

Anônimo disse...

Lindo o poema, Lú!!!

É triste sim, mas vai passar... Os muros demoram a cair, mas caem. E logo a personagem vai aprender a conviver com algumas das tristezas, e passar a enxergar de forma diferente, tirar lições e crescer. É questão de tempo realmente.
Beijos carinhosos,
L.

Lucas Peixoto disse...

obrigado pessoas!

Valdemar Neto disse...

"É triste não ter respeitada sua essência,
Ser acusado sem procedência
Tendo limpa a consciência."

Me pergunto se quando a tristeza nos ocorre nestas circunstâncias não somos culpados por nós mesmos [?]

Lucas Peixoto disse...

Yagami, nao se pode culpar uma pessoa por ser quem ela é! Também não se pode esperar que as pessoas sejam como queremos. É preciso respeitar cada da maneira que é, mesmo que não concorde ou que não goste de alguém, todos tem por obrigação respeitar o espaço do outro. E por fim, mando outra quastão: quem tem o direito de ser júri e juiz dos outros?