domingo, 19 de setembro de 2010

Extirpar

Ainda que o corpo deseje carne,
A alma anseia por coração.
E o que num instante era desejo e prazer
Logo vira repulsa e reprovação.
É a culpa de um puritanismo deslocado
É a dor da alma partida,
a ausência do fragmento desperdiçado
que não encontrou substituição.
Porque quando se ama, se troca;
Mas quando se “cama”, se arranca.

Um comentário:

Shi Oliver. disse...

Minha nossa!
Arrepiei toda com esse poema!!
O texto é de uma profundeza inquestionável.

Me sentindo tão a flor da pele, depois de tê-lo lido.
Vc é meu orgulho!
beijo grade =*