Olhei mas não vi.
Olhei teu sorriso, que
agora parece incompleto,
Mas não vi a
tristeza em teus olhos.
Ouvi, mas não
escutei.
Ouvi tua voz grave,
as vezes gaguejando, falando bobagens
mas não o escutei o pedido de socorro escondido nos
silêncios.
MEA CULPA, MEA
CULPA, MEA CULPA!
E te deixei só.
Por um segundo, um
minuto, uma festa.
E te deixei só.
Por uma cerveja, um
beijo, uma noite de sono.
Te deixei só.
Por mera distração
de quem olha e não vê, escuta e não ouve.
MEA CULPA, MEA
CULPA, MEA CULPA.
Então eu vi braços
dilacerados.
Uma alma
despedaçada.
E com meus braços e
preces tentei juntar os pedaços.
Mas eram muitos e
pequenos demais.
Escorriam-me entre
os dedos.
Naquele momento amei.
Não como Eros.
Amei inspirado pelo
próprio Deus.
Senti a cura em
minhas mãos.
Mas tua pele a
refletia como um espelho.
E ouvi teu choro
ressentido, envergonhado, apavorado...
Apenas ouvi calado.
Chorei em silencio e
sem lágrimas.
Nada pude fazer.
Nada sou.
Nada posso.
MEA MÁXIMA CULPA.
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